sexta-feira, 7 de setembro de 2012
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
queria escrever de novo. sentar-me aqui, olhar para dentro e abrir as portas de um amor doente.
queria escrever de novo. sentar-me aqui, olhar para dentro e escrever-te a ti. deixar-me cair no vórtice da ideia de ti. és um buraco negro, uma galáxia inteira, uma super-nova efervescente.
queria sentar-me de novo, e escrever-te aqui. lembrar-te, pensar-te, cantar ao teu ouvido a melodia mais triste. gosto de ti por não teres medo da tristeza. gosto de ti porque serias uma história bonita numa página branca. gosto de ti porque sim.
gosto da ideia de ti.
queria sentar-me aqui, e se te sentasses aqui e ficássemos em silêncio? e se quando desse a volta caísse outra vez num buraco no chão, quereria que continuasses sentado e me olhasses por cima do livro. não te levantes, não me dês a mão, não me segures nunca.
queria escrever-me aqui e deixar o mundo acontecer.
queria viver a ideia de ti.
quarta-feira, 16 de março de 2011
Não notei o momento em que as coisas ficaram diferentes. Nem reparei quando se tornou fácil abrir a mão de tudo. Do Amor. Da Amizade. Das pequeninas coisas. Até da Vida abriria mão por um minuto de silêncio…
Houve gestos simples que me esqueci de compreender. Saberes prévios que ignorei. Noções sábias que me injectaram e que se perderam no ruído.
Esqueci-me de tudo. Esqueci-me de lutar. Esqueci-me de levantar o meu estandarte, algo e orgulhoso, para as multidões sem rumo que são todas em mim.
É fácil ser o que os outros querem que sejamos. É muito fácil levar todo o tempo do mundo a dizer as coisas importantes. É fácil esquecer que vivemos melhor quando fechamos a mão nalguma coisa. Nem que seja à volta de outra mão.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
cartas a um jovem poeta - R. M. R.
"Roma, 14 de Maio de 1904
Também amar é bom: porque o amor é difícil. O amor de uma pessoa por outra: é talvez essa a maior dificuldade que conhecemos, o extremo, a última prova e teste, o trabalho que todos os outros trabalhos apenas preparam. É por isso que a juventude, que é principiante em tudo, não pode ainda amar: tem de aprender primeiro. Com todo o seu ser, com todas as suas forças, concentrada no seu coração solitário e aflito que bate em movimento ascendente, tem de aprender a amar. Mas o tempo de aprendizagem é sempre longo e fechado, e por isso para quem ama o amor é solidão por muito tempo, pela vida fora, é um isolamento que ascende e se aprofunda. Amar não tem de início nada que ver com abrir-se, entregar-se e unir-se a uma outra pessoa (pois o que seria uma união do que ainda não se esclareceu nem completou,, do que ainda se subordina...?), é antes uma ocasião sublime concedida ao indivíduo para que ele possa amadurecer, tornar-se qualquer coisa dentro de si, tornar-se mundo, tornar-se mundo para si em nome de um outro, é um imperativo grande e imodesto que faz dele o eleito e o chama para a distância. É só neste sentido, enquanto injunção para trabalhar dentro de si, que a juventude poderá usar o amor que lhe é dado. A abertura e a entrega e toda a espécie de comunhão não é para ela (que terá ainda de poupar e guardar por muito, muito tempo), é o último estádio, é talvez qualquer coisa que a vida humana agora ainda mal pode alcançar.
Mas nisto os jovens (impacientes por natureza) erram tantas vezes e tão gravemente: lançam o corpo contra outro corpo, quando conhecem o amor, e dispersam-se, tal como são, em todo o seu desalinho, desordem, confusão... Mas o que pode nascer daqui? O que pode a vida fazer deste amontoado de gente rasgada ao meio a que eles chamam de comunhão e a que gostariam de chamar felicidade e, se for caso disso, o seu futuro? Cada um perde-se por causa do outro e perde o outro e perde muitos outros que estariam ainda por vir. (...)"
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
brel
IL FAUT OUBLIER TOUT PEUT S'OUBLIER QUI S'ENFUIT DÉJÀ OUBLIER LE TEMPS DES MALENTENDUS ET LE TEMPS PERDU A SAVOIR COMMENT OUBLIER CES HEURES QUI TUAIENT PARFOIS A COUPS DE POURQUOI LE COUR DU BONHEUR.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
lá vou eu de novo como um tolo,
procurar o desconsolo,
que cansei de conhecer
novos dias tristes, noites claras,
versos, cartas, minha cara
ainda volto a lhe escrever
pra lhe dizer que isso é pecado,
eu trago o peito tão marcado
de lembranças do passado e você sabe a razão
vou colecionar mais um soneto,
outro retrato em branco e preto
a maltratar meu coração.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
domingo, 25 de abril de 2010
This is the end
Beautiful friend
This is the end
My only friend, the end
Of our elaborate plans, the end
Of everything that stands, the end
No safety or surprise, the end
I'll never look into your eyes... again
Can you picture what will be
So limitless and free
Desperately in need... of some... stranger's hand
C'mon baby, no "take a chance with us"
C'mon baby, take a chance with us
This is the end
Beautiful friend
This is the end
My only friend, the end
It hurts to set you free
But you'll never follow me
The end of laughter and soft lies
The end of nights we tried to die
This is the end.
sábado, 3 de abril de 2010
quinta-feira, 18 de março de 2010
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