segunda-feira, 9 de novembro de 2009

São poucas as pessoas por quem ele se dignaria a lutar. As pessoas não são dignas. As pessoas não valem o esforço.
Não sei que mal lhe fizeram, mas eu vejo muita dor nos seus olhos. Deixa-me entrar, deixa-me entrar, deixa-me entrar, deixa-me entrar.
Não.

Às vezes passam-me estas imagens pela cabeça. Há-de vir o dia em que repararás nas primeiras rugas discretas, verticais, por cima dos lábios dela, aquelas que dizem que o tempo já não volta atrás. Só tens dezoito anos uma vez na vida, e és bonita, e não tens rugas discretas, verticais, por cima dos lábios, e tens todo o poder que sentes que tens. Podes fazer tudo. Só não te posso deixar entrar. Nem te quero perto o suficiente para te poder ver amadurecer, nem longe o suficiente para que possas recuperar da dor de me teres deixado.

E juro a Deus que é só por isso que te amo. Por te ter perto, sem te querer, se querer-te longe, sem nunca o estares. Não dançamos - tropeçamos.

2 comentários:

pedro pereira neto disse...

Gosto. Bastante.

pedro pereira neto disse...

Voltei aqui. É difícil não gostar destas passagens.